quarta-feira, outubro 29, 2008

UMA FALSA QUESTÃO?


Qual a melhor opçã?

Há uns anos para cá que se publicam os resultados da avaliação nacional das escolas, feita por um júri idependente, cujos critérios de análise, que eu saiba, não foram ainda contestados por ninguém.
Acontece que o ensino privado aparece sempre no topo do que é moda designar por ranking nacional das escolas portuguesas.
Escusado será dizer que, como defensor que sempre fui da liberdade de aprender, que não existe sem a liberdade de ensinar, me congratulo com os bons resultados da escola privada. Tanto mais que vivemos num país em que, apesar do regime democrático, o domínio do Estado se torna cada vez mais asfixiante.
Bons resultados por parte da escola privada? Óptimo.
Mas, como cidadão responsável, não posso limitar-me ao regozijo dos que optam pelo ensino não estatal: sinto que devo solidarizar-me com os que, tendo optado pela escola do Estado, se dão conta de que, afinal, não fizeram a melhor opção.
Claro, todos sabemos que o Estado não é, e nunca foi, bom educador. Não vale a pena perder tempo a discutir isso.
A questão aqui não é saber qual a melhor escola: o que devemos perguntar-nos é o que faltará às ecsolas do Estado, nas quais os cidadãos, quer tenham lá os filhos quer não, investem grande parte dos seus impostos, para que atinjam o nível das melhores escolas privadas, sujeitas quase sempre a uma administração draconiana, para não pesarem demasiado no orçamento dos pais, que pagam também o ensino público.