PARA A RECONCILAÇÃO
Para facilitar a reconciliação dentro da Igreja
Voltamos ao tema mais polémico dos últimos dias, no que se refere à vida interna da Igreja, a ver se oferece aos visitantes dos meus blogues uma erflexão mais serena, pelo menos assim o creio.
Falo do Motu Proprio Summorum Pontificum, que se ocupa do uso do rito latino, na celebração ad Eucaristia, segundo o missal de 1962, publicado por João XXIII.
E porque infelizmente, não temos em Portugal nenhuma agência noticiosa que tenha tido a honestidade de fazer uma síntese objectiva do referido documento, ponho aqui a de uma agência estrangeira, que, apesar de certas reticências, me parece fiel e diz o que era oportunio dizer, quando se fez tanto barulho sobre fantasias.
Papa acrescenta uso mais antigo do Missal buscando unidade eclesial:
Publica o «Motu Proprio» sobre o uso do Missal Romano de 1962, dois usos do único rito romano, para reforçar a reconciliação dentro da Igreja: é o objectivo de Bento XVI com a promulgação, em 7 de Julho, da Carta Apostólica em forma de «Motu Proprio» «Summorum Pontificum» sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma de 1970.
Seguindo estas disposições, o Missal Romano promulgado por Paulo VI (procedendo à reforma litúrgica, em 1970) e reeditado duas vezes por João Paulo II é e permanece como forma ordinária da Liturgia Eucarística da Igreja católica de rito latino.
Por sua vez, o Missal Romano promulgado por São Pio V e editado novamente pelo beato João XXIII (em 1962, quando a Missa era celebrada em latim) poderá ser utilizado como forma extraordinária da celebração litúrgica. Não são dois ritos, mas um duplo uso do mesmo e único rito, esclarece o Santo Padre.
Numa carta que anexa ao Motu proprio e dirige a todos os bispos do mundo, o Papa centra o motivo da sua decisão na busca de «uma reconciliação interna no seio da Igreja».O Papa também esclarece que o documento não diminui o Concílio Vaticano II
nem põe em dúvida sua reforma litúrgica.
De facto, o Missal de 1962 foi sempre permitido. As novas disposições do Papa só mudam algumas condições para o uso desse Missal, já que com a introdução do novo Missal não foram estabelecidas normas para o possível uso do anterior. E muitos permaneciam fortemente ligados ao uso antigo do Rito romano.
O Papa faz uma distinção, aludindo ao arcebispo Lefebvre e sua defesa do Misal antigo: « mas as razões da divisão, que então nascia, encontravam-se a maior profundidade». Com efeito, «muitas pessoas, que aceitavam claramente o carácter vinculante do Concílio Vaticano II e que eram fiéis ao Papa e aos Bispos, desejavam contudo reaver também a forma, que lhes era cara, da sagrada Liturgia». O que resultou diso foi que em muitos lugares não se celebrou de uma maneira fiel ao novo Missal, levando a deformações da liturgia «ao limite do suportável», reconhece Bento XVI.
O Papa ainda sublinha que as duas formas do uso do Rito romano podem enriquecer-se mutuamente, pois não existe contradição entre uma e outra edição.
A Pontifícia Comissão «Ecclesia Dei» será responsável por velar, em nome da Santa Sé, pela aplicação do Motu Próprio.
Com o «Motu Proprio» o Papa considera «seu dever ajudar a todos os fiéis» a viver «a Eucaristia» da maneira «mais digna e consciente, reforça o porta-voz vaticano, o padre Federico Lombardi.
(Agência ZENIT)
Voltamos ao tema mais polémico dos últimos dias, no que se refere à vida interna da Igreja, a ver se oferece aos visitantes dos meus blogues uma erflexão mais serena, pelo menos assim o creio.
Falo do Motu Proprio Summorum Pontificum, que se ocupa do uso do rito latino, na celebração ad Eucaristia, segundo o missal de 1962, publicado por João XXIII.
E porque infelizmente, não temos em Portugal nenhuma agência noticiosa que tenha tido a honestidade de fazer uma síntese objectiva do referido documento, ponho aqui a de uma agência estrangeira, que, apesar de certas reticências, me parece fiel e diz o que era oportunio dizer, quando se fez tanto barulho sobre fantasias.
Papa acrescenta uso mais antigo do Missal buscando unidade eclesial:
Publica o «Motu Proprio» sobre o uso do Missal Romano de 1962, dois usos do único rito romano, para reforçar a reconciliação dentro da Igreja: é o objectivo de Bento XVI com a promulgação, em 7 de Julho, da Carta Apostólica em forma de «Motu Proprio» «Summorum Pontificum» sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma de 1970.
Seguindo estas disposições, o Missal Romano promulgado por Paulo VI (procedendo à reforma litúrgica, em 1970) e reeditado duas vezes por João Paulo II é e permanece como forma ordinária da Liturgia Eucarística da Igreja católica de rito latino.
Por sua vez, o Missal Romano promulgado por São Pio V e editado novamente pelo beato João XXIII (em 1962, quando a Missa era celebrada em latim) poderá ser utilizado como forma extraordinária da celebração litúrgica. Não são dois ritos, mas um duplo uso do mesmo e único rito, esclarece o Santo Padre.
Numa carta que anexa ao Motu proprio e dirige a todos os bispos do mundo, o Papa centra o motivo da sua decisão na busca de «uma reconciliação interna no seio da Igreja».O Papa também esclarece que o documento não diminui o Concílio Vaticano II
nem põe em dúvida sua reforma litúrgica.
De facto, o Missal de 1962 foi sempre permitido. As novas disposições do Papa só mudam algumas condições para o uso desse Missal, já que com a introdução do novo Missal não foram estabelecidas normas para o possível uso do anterior. E muitos permaneciam fortemente ligados ao uso antigo do Rito romano.
O Papa faz uma distinção, aludindo ao arcebispo Lefebvre e sua defesa do Misal antigo: « mas as razões da divisão, que então nascia, encontravam-se a maior profundidade». Com efeito, «muitas pessoas, que aceitavam claramente o carácter vinculante do Concílio Vaticano II e que eram fiéis ao Papa e aos Bispos, desejavam contudo reaver também a forma, que lhes era cara, da sagrada Liturgia». O que resultou diso foi que em muitos lugares não se celebrou de uma maneira fiel ao novo Missal, levando a deformações da liturgia «ao limite do suportável», reconhece Bento XVI.
O Papa ainda sublinha que as duas formas do uso do Rito romano podem enriquecer-se mutuamente, pois não existe contradição entre uma e outra edição.
A Pontifícia Comissão «Ecclesia Dei» será responsável por velar, em nome da Santa Sé, pela aplicação do Motu Próprio.
Com o «Motu Proprio» o Papa considera «seu dever ajudar a todos os fiéis» a viver «a Eucaristia» da maneira «mais digna e consciente, reforça o porta-voz vaticano, o padre Federico Lombardi.
(Agência ZENIT)
4 Comments:
Querido A Pascoal, tenho acompanhado os seus blogs, como tive já oportunidade de lhe dizer, e encorajo-o a não desistir de "pedir a palavra" ou "resistir" perante as vicissitudes informáticas. Obrigada pelas reflexões sempre oportunas.
Depois deste introito vamos ao tema deste "post": ontem tive oportunidade de assistir um pouco ao "Diga lá excelência" no canal 2, passo a publicidade. O entrevistado: D Manuel Clemente e as questões, obviamente o mais polémicas possível - nova lei do aborto, missa em latim, questões várias sobre lei do trabalho...
Começo por louvar a linguagem e magnânime arte de resposta do entrevistado face ao tom claramente provocador de algumas questões. E sigo com uma pequena reflexão que serve de desabafo. Recentemente, como sabe, fomos um pouco alvo desta perversidade dos meios e comunicação: a entrevista do Paulo a um semanário leiriense. Ingenuamente supúnhamos ser para promoção de um livro de poesia e acabou sendo um "fusilamento" sobre questões religiosas. E acrescento mais, para que quem por aqui passar entenda melhor, soubemos posteriormente que tal entrevista sucedeu precisamente porque o dito jornal soube que o Paulo tinha estado no seminário.
A minha tristeza vai por um lado para o jornalismo que trai um dos seus princípios base: isenção e por outro para o público que, apesar de avisado, se deixa conduzir pelo discurso "habilmente" reconstituído ou manipulado.
Em suma, ainda não vi o resumo da entrevista de ontem, mas com certeza serão extraídos da entrevista excertos descontextualizados e polémicos que mais uma vez virão agitar sem razão os meios católicos. Assalta-me o desalento ao ver que quem ergue a voz em nome da verdade e do esclarecimento é achincalhado e facilmente ganha inimigos. Será melhor o silêncio? Não!
Por isso lhe peço, A P, continue a escrever nos seus blogs textos que, como este, nos esclarecem e nos ajudam a ter força para lutar contra a polémica.
Um abraço
lena renas
Idem, idem, aspas, aspas!!!
Estou de acordo contigo Lena mas, felizmente, ainda há muitas pessoas que não se deixam manipular e que já estão precavidos contra esse mal..
Quanto ao caro amigo bloguista, ele sabe que lemos o que escreve sempre com muito gosto.
Cara Lena
e amigos que se lhe juntam.
Só hoje reabri - tenho estado de férias e quando cheguei tive logo de entrar nas substituições (para que também outros possam descansar)- só hoje reabri este "peço a palavra"; por isso só hoje posso dar sinal da minha gratidão pela vossa amizade.
Pos é assim, cara Lena. Mas é evidente que o silêncio só serve a quem não sabe falar ou quer impunemente semear o erro.
Dizer a verdade foi sempe um risco: temos mesmo de estar preparados para nos fazerem dizer o que nunca quisemos dizer.
Quanto à entrevista do Paulo, espero que ele tenha percebido a minha mensagem: o meu desabafo na Resistência não era para ele, embora dissesse o seu nome... foram os comentários que ouvi, e era para essa gente que escrevia.
Com muita amizade
AP
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