IGNORÂNCIA E GROSSERIA
Ignorância e grosseria
Inspira-me estas notas a tristeza que me fica quando leio textos como o que Migeul de Sousa Tavares publica no último número de Expresso, a propósito da “Visita ad Limina Apostolorum” por parte dos bispos portugueses.
Começo por confessar sinceramente que, apesar de ter vindo progressivamente a perder a consideração que tinha pelo autor, comentador geralmente mais sobranceiro do que competente, nunca esperei que chegasse tão baixo: Neste caso fico com a impressão de que procurou preencher o vazio que lhe deixa a ignorância total do assunto que aborda, com a grosseria da linguagem, que só se explica pelo orgulho de quem sabe que não corre o risco de, aí onde se move, encontrar alguém que não seja pelo menos tão ignorante como ele.
Que o Dr Tavares não saiba o significado desta ida dos bispos a Roma, passe. Até alguns jornalistas católicos, dos quais esperávamos um maior sentido de responsabilidade, ignoram que esta “Visita”, de que encontramos o primeiro exemplo em São Paulo (cf vg Gálatas: 2,1-2), foi regulamentada por Sisto V (20.12.1585), Bento XIV (23.11.1740), funcionando actualmente segundo normas estabelecidas nos pontificados de Pio X (31.12.1909) e Paulo VI (29.06.1975).
Não espanta tal ignorância.
Mas o que deviam saber todos os que se põem a falar do assunto, incluindo Miguel de Sousa Tavares, era que esta visita quinquenal é sempre precedida de um relatório, também quinquenal, no qual os bispos fazem o ponto da situação relativamente ao estado das respectivas dioceses, e que é a partir do conteúdo desses relatórios que o Papa faz as suas recomendações. Recomendações que se destinam, note-se bem, não apenas aos bispos, mas a toda a Igreja por eles representada.
Comparando o conteúdo real do discurso do Papa com o que dele se disse na chamada grande comunicação, o menos que podemos sentir é espanto: como é possível que alguém com um mínimo de seriedade se ponha a comentar, com tão grande à vontade, assuntos para cuja interpretação não tem nem procura ter a chave necessária?
Quanto ao texto do Dr Sousa Tavares, mais do que espanto, sentimos nojo e revolta: nojo, porque é evidente escreve dominado por uma paixão indigna de quem ama a verdade; revolta, porque é evidente que não leu o discurso do Papa... ou se o leu, faz de todos nós estúpidos, porque o texto de que fala pura e simplesmente não existe.
Inspira-me estas notas a tristeza que me fica quando leio textos como o que Migeul de Sousa Tavares publica no último número de Expresso, a propósito da “Visita ad Limina Apostolorum” por parte dos bispos portugueses.
Começo por confessar sinceramente que, apesar de ter vindo progressivamente a perder a consideração que tinha pelo autor, comentador geralmente mais sobranceiro do que competente, nunca esperei que chegasse tão baixo: Neste caso fico com a impressão de que procurou preencher o vazio que lhe deixa a ignorância total do assunto que aborda, com a grosseria da linguagem, que só se explica pelo orgulho de quem sabe que não corre o risco de, aí onde se move, encontrar alguém que não seja pelo menos tão ignorante como ele.
Que o Dr Tavares não saiba o significado desta ida dos bispos a Roma, passe. Até alguns jornalistas católicos, dos quais esperávamos um maior sentido de responsabilidade, ignoram que esta “Visita”, de que encontramos o primeiro exemplo em São Paulo (cf vg Gálatas: 2,1-2), foi regulamentada por Sisto V (20.12.1585), Bento XIV (23.11.1740), funcionando actualmente segundo normas estabelecidas nos pontificados de Pio X (31.12.1909) e Paulo VI (29.06.1975).
Não espanta tal ignorância.
Mas o que deviam saber todos os que se põem a falar do assunto, incluindo Miguel de Sousa Tavares, era que esta visita quinquenal é sempre precedida de um relatório, também quinquenal, no qual os bispos fazem o ponto da situação relativamente ao estado das respectivas dioceses, e que é a partir do conteúdo desses relatórios que o Papa faz as suas recomendações. Recomendações que se destinam, note-se bem, não apenas aos bispos, mas a toda a Igreja por eles representada.
Comparando o conteúdo real do discurso do Papa com o que dele se disse na chamada grande comunicação, o menos que podemos sentir é espanto: como é possível que alguém com um mínimo de seriedade se ponha a comentar, com tão grande à vontade, assuntos para cuja interpretação não tem nem procura ter a chave necessária?
Quanto ao texto do Dr Sousa Tavares, mais do que espanto, sentimos nojo e revolta: nojo, porque é evidente escreve dominado por uma paixão indigna de quem ama a verdade; revolta, porque é evidente que não leu o discurso do Papa... ou se o leu, faz de todos nós estúpidos, porque o texto de que fala pura e simplesmente não existe.
3 Comments:
Ora nem mais! Um artigo que vou ter a honra de incluir no meu blogue!
Com legitimidade, ou na falta dela, com grandes conhecimentos, ou na falta deles, acho oportunos alguns comentários do MST no texto publicado.
E merecedores de atenção...
Pe. Pascoal, ali está bem escrito o que uma determinda sociedade (a nossa, por acaso) lê e pensa. E penso, eu, que mal fazemos não trabalhar com esses dados, em vez de nos ficarmos por "enojar" com o que é dito...
Abraço
Aprendi muito
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