PEGUNTAR NÃO OFENDE II
É só perguntar
Resisti algum tempo ao desejo de afazer ao Senhor Dr. Airoso e aos que bateram palmas às suas afirmações, mas como ninguém pergunta, mesmo sabendo que ele não vai responder, ponho-as aqui, a ver se alguém faz a caridade de em ajudar: porque vem aí a célebre pergunta dos senhores deputados, que querem uma resposta em consciência, e eu, ainda que eles pensem que não, sou um homem de consciência... e como se pode responder em consciência sem os devidos esclarecimentos?
Ora, o Senhor Dr. Airoso disse, no tom solene de quem ensina do alto da sua cátedra, que não há nenhuma base científica para dizer quando é que a vida do embrião é vida humana.
Repare-se que ele disse vida humana. Já se abandonou a expressão ser humano, criada para evitar a referência à pessoa, que feria demasiado a semsibilidade daqueles a quem se queria aliciar para a prática do aborto.
Aqui vão as minhas perguntas:
Então, se a nova vida gerada no ventre da mulher – ou pelo encontro do elemento masculino com o feminino – não é vida humana, o que é?
Não se omite um adjectivo tão importante sem dizer porquê e qual o seu substituto, quando se trata de classificar algo que está na origem de todos os dreiitos da pessoa humana.
Mas declarações tão peremptórias deixam-me cheio de dúvidas, mais do que as que tinha já, sobre a legitimidade do aborto, seja qual for o tempo de gestação que se considere:
Pois, se a ciência não pode dizer em que momento a vida do embrião é verdadeiramente vida humana, segue-se que também não pode negar a afirmação daqueles que dizem que a vida humana começa no momento da concepção.
Onde vai então o Estado buscar a legitimidade para estabelecer que até às dez semanas após a concepção, as pessoas – não nos venham com essa hipocrisia das mães que livremente, etc... – têm direito a exigir dos cidadãos que paguem – porque o dinheiro do Estado saiu do bolso de todos nós – a destruição de uma vida que pode muito bem ser uma vida humana?
É só perguntar.
2 Comments:
Cabe a cada um de nós dar uma resposta clara dia 11 de Fevereiro. A afirmação de que a vida humana começa, pelo menos, no acto da concepção. Na verdade, se filosoficamente rigorosos, podemos dizer que o ser humano existe desde que é sonhado...
Lena mama da Maria
Querida Lena,
Não imaginas quanto eu apreciaria que tu, ou outra jovem mãe como tu, escrevesses duas ou três coisas sobre o massacre de sonhos que, por isto ou por aquilo, um regime abortista pratica, com o dinheiro dos cidadãos, que devia ser para ajudar a cincretizar esses sonhso...
Dois grandes beijinhos, para ti e para a Maria... e um abraço muito apertado para o Paulo.
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